6º ANO - Conteúdo Programático

BLOCO: JOGOS

JOGOS: ENTRE A COOPERAÇÃO E A COMPETIÇÃO

As características básicas para que uma atividade seja considerada um jogo são: 1) regras mutáveis, ou seja, os jogadores podem combinar e recombinar as regras durante a prática; 2) por ser uma atividade que pode estimular tanto a competição quanto a cooperação; 3) pode ser jogado individualmente ou em grupo; 4) proporcionar prazer no ato de jogar, o que nós chamamos de recompensa intrínseca.

 

Jogos Cooperativos

 

Os jogos cooperativos são práticas que geram um ambiente de coletividade e ajuda entre os participantes. Seus objetivos focam na resolução de tarefas e desafios com a participação de todos.

 

Jogos Competitivos

 

Jogos Competitivos tem a finalidade de estimular a competição entre os participantes. Porém, a competição deve ser saudável, educativa, para ensinar que perder ou ganhar não é o que importa, mas sim fazer com que todos trabalhem por um objetivo em comum.

 

BLOCO: ESPORTES 

ESPORTES

 

A princípio, podemos mencionar quatro características que são fundamentais para dizer se determinada prática é um esporte:

1) ter regras fixas;

2) existe uma entidade oficial que cuida das regras e campeonatos oficiais;

3) é uma atividade competitiva;

4) o atleta está sempre em busca de um tipo de recompensa maior do que o prazer de praticar o esporte: ele é um profissional que ganha a vida por meio do esporte, seja com patrocínio ou com os prêmios dados nas competições.

Eles são classificados da seguinte forma:

·         Esporte Coletivo: é necessária a colaboração de todos os companheiros de equipe para que seja possível certo nível de desempenho dentro da competição, como, por exemplo, o futsal, o vôlei, o beisebol, entre outros.

·         Esporte Individual: o atleta compete sozinho e seu desempenho só depende de si.

 

Além da classificação do Esporte em individual ou coletivo temos outros tipos que consideram o que é necessário para se efetivar a vitória. Vamos entender mais um pouco sobre essas classificações:

 

Esportes de marca

São os esportes que consideram a comparação entre o alcance de índices, que podem ser medidos com metros, segundos, quilos, etc.

Exemplos: todas as provas do atletismo, patinação de velocidade, remo, ciclismo, levantamento de peso, natação, etc.

 

Esportes de precisão

Nesses esportes é comparado o desempenho de atingir com um objeto algum tipo de alvo estático ou em movimento. A pontaria é a capacidade mais importante nesses esportes.

Exemplos: bocha, curling, golfe, sinuca, tiro com arco, tiro esportivo, etc.

 

Esportes técnico-combinatórios

São os esportes que são comparados à beleza estética e o grau de dificuldade dos movimentos executados pelos atletas, de acordo com padrões ou critérios estabelecidos nas regras de cada modalidade.

Exemplos: todas as modalidades de ginástica (acrobática, aeróbica esportiva, artística, rítmica, de trampolim), patinação artística, nado sincronizado, saltos ornamentais, skate, surf, etc.

 

Esportes de invasão

Existem duas equipes que possuem uma meta a ser defendida e a meta do adversário para ser invadida e atacada, a fim de computar pontos. A transição de ataque para defesa acontece a todo o momento. As metas a serem defendidas e/ou atacadas estão sempre posicionadas nas linhas de fundo dos campos ou quadras retangulares, características desses esportes.

Exemplos: basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi, etc.

 

Esportes de campo e taco

São os esportes nos quais a estratégia de jogo para pontuar requer o ato de rebater a bola o mais longe possível e tentar percorrer no campo a maior quantidade de bases. Nessas modalidades, os times alternam entre ataque e defesa.

Exemplos: beisebol, brännboll, críquete, lapta, pesapallo, rounders, softbol.

 

Esportes com rede divisória ou parede de rebote

São as modalidades nas quais o objetivo principal é lançar, bater ou arremessar a bola ou objeto para a quadra adversária, sobre uma rede ou rebatendo contra uma parede, dificultando interceptação da defesa do adversário para que a bola ou o objeto toque o chão e o ponto seja computado.

Exemplos de esportes com rede divisória: o voleibol, vôlei de praia, tênis, badminton, pádel, peteca, sepaktakraw, ringo, ringtennis.

Exemplos de esportes com parede de rebote: a pelota basca, raquetebol, squash, etc.

 

Esportes de Combate

Os esportes de combate são as lutas e as artes marciais. Cada modalidade de combate possui suas próprias regras e golpes pré-definidos. As modalidades de combate podem realizar-se no corpo a corpo ou com objetos como no caso da esgrima. O objetivo é realizar pontos golpeando o adversário, dominando-o ou levando-o ao nocaute.

Exemplos: Boxe, Judô, Taekwondo, Jiu-jitsu, Caratê, Muay Thai, MMA, Esgrima, Kendo, Luta livre, Luta greco-romana, Kabaddi.

 

ESPORTES DE MARCA 

ATLETISMO 

História 

O atletismo surgiu como esporte na Grécia Antiga em 776 a.C., ano que a primeira Olimpíada da história foi realizada, na cidade de Olímpia.

Chamada de stadium pelos gregos, Coroebus foi o vencedor da prova cujo percurso tinha 200 m.

No entanto, registros apontam que há cerca de 5 mil anos ele já era praticado no Egito e na China.

O formato moderno do atletismo data do século XIX, na Inglaterra, e conta com as seguintes provas oficiais:

·       Corridas: rasas, com barreiras, com obstáculos

·       Marcha atlética

·       Revezamentos

·       Saltos

·       Arremesso e Lançamentos

·       Combinada

 

Corridas: rasas, com barreiras, com obstáculos 

As corridas podem ser de curta distância ou tiro rápido e seu percurso pode variar entre 100 e 3 000 m.

As corridas rasas mais curtas são de 100 m e as mais longas são de 10 000 m.

As corridas com barreiras podem ser de 110 m e 400 m, enquanto as de obstáculos são de 3 000 m.

Essas são as distâncias para provas de adultos, tanto de homens como de mulheres.

Nas corridas, a partida tem início com o tiro de largada. Segundo a regra, o atleta que partir antes do tiro é desclassificado. 

Marcha Atlética 

A marcha atlética pode ser de 20 000 m ou de 50 000 m para o gênero masculino, mas somente de 20 000 m para o gênero feminino.

A regra diz que os atletas devem correr sem tirar totalmente os pés do chão. Há árbitros ao longo do percurso que verificam o cumprimento das regras e advertem os atletas, os quais podem ser eliminados após três advertências. 

Revezamentos 

As provas de revezamento são duas para ambos os gêneros: 4x100 m e 4x400 m. São realizadas entre equipes, cada qual com 4 atletas.

A regra é: cada um desses atletas faz ¼ da prova. Ao fim do seu percurso, o atleta entrega um bastão para o atleta seguinte. 

Saltos 

A prova de salto pode ser feita em duas modalidades: em salto vertical e em salto horizontal.

As provas de salto vertical compreendem salto em altura e salto com vara.

De acordo com a regra, no salto em altura, os atletas correm e saltam de costas sobre uma barra horizontal.

No salto com vara, o comprimento das varas mede entre 2,80 a 3,40 m tanto para homens como para mulheres.

Para realizá-las, os atletas correm 20 metros e, tomando impulso com uma vara flexível, saltam sobre uma barra. O objetivo é não derrubar o sarrafo, nome dado à barra.

Após os saltos verticais os atletas são amparados por um colchão.

As provas de salto horizontal compreendem salto em distância, ou de comprimento, e salto triplo.

No salto em distância, os atletas correm e saltam quando chegam à marca estabelecida. No chão de areia fica a marca para medir a distância obtida.

No salto triplo, o atleta dá dois saltos antes do salto final na caixa de areia. 

Arremesso e Lançamentos 

Dentre as provas de arremesso e lançamentos existem os seguintes tipos: lançamentos de peso, martelo, disco e dardo.

O peso dos materiais lançados varia entre os gêneros masculino e feminino.

No arremesso de peso, a esfera pesa 7,26 kg na modalidade masculina e 4 kg na modalidade feminina, tal como o martelo.

A regra diz que, com apenas uma mão, os atletas jogam o peso, ou o martelo, o mais longe que conseguem.

Os discos são de 2 kg para os homens e de 1 kg para as mulheres. Os dardos, por sua vez, são de 800 g para os homens e de 600 para as mulheres.

No arremesso de discos, os atletas giram o corpo e lançam o disco para longe. 

Combinada 

Decatlo é a prova dos homens, enquanto heptatlo é o nome da prova das mulheres.

O decatlo compreende as seguintes provas: 100, 400 e 500 metros, corrida com barreiras, saltos em distância, em altura e com vara, arremessos de peso, disco e dardo.

O heptatlo compreende as seguintes provas: 100, 200 e 800 metros, saltos em distância e em altura, arremessos de peso e dardo.

Conforme as regras, nas provas combinadas, as equipes somam pontos na medida em que vão vencendo as provas. 

ESPORTES DE PRECISÃO 

BOLICHE 

O boliche é um esporte praticado com uma bola pesada e tem como objetivo lançando a bola por uma pista, derrubar 10 pinos do lado oposto da pista dispostos em formação triangular.

Uma partida tem geralmente 10 jogadas com 2 lances cada. Quando um jogador faz strike (derrubar todos os 10 pinos em 1 lance) por 10 vezes consecutivas, têm direito a mais 2 lances, sendo assim o máximo possível de 300 pontos, que é obtido com os 12 strike.

A história do boliche é indefinida, sendo que há várias possibilidades. Uma delas é que um arqueólogo teria encontrado, na tumba de uma criança egípcia, um jogo similar ao boliche, que tinha pinos e bolas primitivas.

Também foi encontrada por um grupo de arqueólogos, em 2007 uma tumba nunca vista igual. Nessa tumba havia uma espécie de salão de jogos semelhante ao do boliche. O achado foi identificado como da dinastia de Ptolomeu, que durou de 332 a.C. há 30 d.C.

No séc. XII surgiu o boliche na grama, porém o esporte ficou tão popular que a prática foi proibida pelo rei Eduardo que temeu que o arco fosse menos praticado e assim enfraquecesse as defesas do reino.

No séc. XIX nos Estados Unidos, o boliche se modificou. Nessa época foi acrescentado um pino no boliche, ficando assim com os 10 pinos que são usados atualmente. Na Europa, em alguns locais, ainda se usa 9 pinos nas partidas de boliche.

Em 1926 países como a Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Holanda, Noruega e EUA formaram a Associação Internacional de Boliche, e estabeleceram como regra as seguintes medidas:

·         Pista: tem o comprimento de 18 m e largura de 3 m.

·         Bola: tem de ser de material não metálico e circunferência de 68 cm ou mais.

·         Pino: feito de material resistente e coberto de plástico. O peso deve variar entre 1531 g à 1645 g.

Alguns jogadores de boliche podem dizer que jogam “por instinto”, porém, normalmente os jogadores utilizam algum sistema, como:

·         Pin Bowler ou Head Pin Bowler – eficiente para aqueles que jogam a bola reta, não reativa, e que usam bolas de velocidade. Miram os pinos em algum momento do saque.

·         Spot Bowling – nunca olha para os pinos. Mira em algum ponto da pista e tem como objetivo passar a bola por cima desse ponto.

·         Line Bowling – olha para os pinos e visualiza um ponto da pista por onde a bola deve passar. É a união dos sistemas anteriores.

O boliche é um esporte de estratégia e técnica. Para se tornar um profissional, são necessários treino e experiência.


BLOCO: GINÁSTICAS 

GINÁSTICA CIRCENSE

 

O que é a ginástica circense?

 

A ginástica circense é uma modalidade que se refere a práticas gímnicas realizadas a partir de atividades artísticas circenses. Logo, ela é composta principalmente por ações que envolvem equilíbrio, contorcionismo, acrobacias, malabarismos e manipulação de objetos. Seu principal objetivo consiste em demonstrar essas ações por meio de movimentações corporais, especialmente organizadas na forma de espetáculos.

A respeito de suas origens, registros históricos de atividades artísticas circenses podem ser encontrados em pinturas da China que remetem a cerca de 5000 anos atrás. Essas pinturas retratam acrobatas, contorcionistas e equilibristas realizando suas apresentações. Também há registros dessas atividades que remetem ao início das civilizações do Egito, da Grécia e da Índia.

Na modernidade, a década de 1770, em Londres, constitui um marco na história das ginásticas circenses. Isso porque, nesse contexto, surgiu o Circo Moderno, com a criação do Anfiteatro de Philip Astley (Astley’s Amphitheatre, em inglês). Assim, apresentações de espetáculos com equilibristas, palhaços e saltadores passaram a ser organizadas nesse anfiteatro.

Atualmente as ginásticas circenses são amplamente conhecidas, especialmente por conta da notoriedade de companhias de circo contemporâneas, como o Cirque du Soleil, o Circus Oz e o Circo Gran Fele. No entanto, o caráter de espetáculo dessa modalidade, muitas vezes, contrasta com concepção de ginástica circense como meio para obter um bom condicionamento físico, ou mesmo para mantê-lo, devido à estética da aparência física dos artistas circenses.

 

A ginástica circense no Brasil

 

A ginástica circense começou a ser praticada no Brasil a partir da chegada do circo, no século XIX. O circo foi trazido ao país por famílias imigrantes vindas da Europa que realizavam aqui suas apresentações teatrais. Ao mesmo tempo, o país recebia também povos ciganos que faziam demonstrações públicas de suas habilidades, incluindo a domesticação de animais e o ilusionismo.

Assim, a partir do contato com o público, as personagens representadas pelos membros dessas famílias em suas apresentações eram adaptadas e ganhavam traços característicos, moldados no contato com a cultura brasileira. Exemplo disso é o do palhaço, personagem europeu que se comunica mais pelo uso de mímica e que, no Brasil, adquiriu uma característica mais falante e cômica.

Após a chegada dessas famílias foi criada a primeira escola de circo no país, fundada pelo palhaço brasileiro Piolin, em 1977, e sediada no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Posteriormente, em 1982, foi criada a Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro. Essa escola, dedicada exclusivamente ao ensino de técnicas circenses a jovens de diferentes classes sociais, contribuiu para a disseminação da ginástica circense pelo país.


BLOCO: CONHECIMENTOS SOBRE O CORPO

SISTEMA MUSCULAR 

O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano.

Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de permitir a contração e produção de movimentos.

As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que se encarregam de receber a informação e respondê-la realizando a ação solicitada. 

 

Funções do Sistema Muscular 

O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo humano. Veja a seguir quais são essas funções:

·         Estabilidade corporal;

·         Produção de movimentos;

·         Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);

·         Preenchimento do corpo (sustentação);

·         Auxílio nos fluxos sanguíneos. 

Grupos Musculares

 

O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que trabalham em conjunto com ossos, articulações e tendões para permitir que façamos diversos movimentos.

Eles são agrupados da seguinte forma: músculos da cabeça e do pescoço, músculos do tórax e abdômen, músculos dos membros superiores e músculos dos membros inferiores.

Conheça sobre cada um desses grupos a seguir.

 

Músculos da Cabeça e do Pescoço

 

O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos músculos que ajudam a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida.

Veja no quadro abaixo como alguns dos principais músculos deste grupo atuam:

 

Músculo

Ação

Frontal

Mastigar ou morder.

Masseter

Movimentam as mandíbulas.

Esternocleidomastoideo

Permite a cabeça girar ou se inclinar para frente e para trás.

 

Músculos do Tórax e do Abdômen

 

Os músculos do grupo do tórax e abdômen permitem a respiração, impedem o corpo de se curvar e ceder ao próprio peso, entre outros movimentos.

No quadro abaixo estão alguns dos músculos deste grupo e como eles atuam no nosso corpo:

 

Músculo

Ação

Peitoral e Deltoide

Levantar peso.

Intercostais

Atuam em conjunto com o diafragma para levarem o ar até os pulmões.

Oblíquo

Inclina o tórax para a frente.

 

Músculos dos Membros Superiores

 

Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem flexibilidade e precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força.

Alguns exemplos desses músculos e suas respectivas ações estão descritas do quadro abaixo:

 

Músculo

Ação

Bíceps

Está ligado aos ossos omoplata e rádio, ao se contrair faz o braço se dobrar.

Oponente do polegar

Permite o movimento do polegar, pois utiliza músculos do antebraço e da mão

Curto adutor

Movimento para fora do polegar.

 

Músculos dos Membros Inferiores

 

Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos das pernas, podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.

Veja no quadro abaixo alguns músculos deste grupo:

 

Músculo

Ação

Costureiro (ou sartório)

É o mais longo músculo do corpo, ao se contrair dobra a perna e gira o quadril. Trata-se do músculo das costureiras, por isso o nome.

Flexores dorsais

Fazem os dedos do pé levantarem.

Tendão de Aquiles

É o tendão mais forte do corpo, inserido no osso calcâneo.

Sóleo, plantar delgado e gastrocnêmio

São músculos flexores plantares responsáveis pelo movimento das bailarinas de ficar na ponta dos pés.

 

Tipos de Músculos

 

Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são classificados em três tipos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.

Conheça mais detalhes sobre cada um deles a seguir.

 

Músculo Liso ou Não estriado

 

Os músculos lisos são aqueles que possuem contração involuntária.

Eles estão localizados nas estruturas ocas do corpo, ou seja, estômago, bexiga, útero, intestino, além da pele e dos vasos sanguíneos.

Sua função assegura a movimentação dos órgãos internos.

 

Músculo Estriado Cardíaco

 

São músculos de contração involuntária e estão presentes no coração (miocárdio).

Esses músculos asseguram os vigorosos batimentos cardíacos.

 

Músculo Estriado Esquelético

 

São músculos de contração voluntária, ou seja, os movimentos são controlados pela vontade do ser humano.

Eles estão conectados com os ossos e cartilagens e, através das contrações, permitem os movimentos, as posições corporais, além de estabilizarem as articulações do organismo.


BLOCO: DANÇAS 

DANÇAS URBANAS

 

Origem

 

As danças urbanas originaram-se nos Estados Unidos, tem seu termo utilizado pelos americanos porque não veio do meio acadêmico, surgiu do povo, das festas de quarteirão. O termo street dance (dança de rua) também é usado, por apresentar os diferentes estilos da dança, conhecidos como Funk, Locking, Popping, Breaking, Hip Hop Freestyle, House Dance, e Krump, assim como as suas subdivisões.

Danças Urbanas no seu contexto social, foi a fuga há violência dos bairros. Uns grupos de jovens afro-americanos juntaram-se em batalhas de dança para transmitir a sua raiva através de movimentos corporais.

 

A dança de rua

 

A dança de rua, ou Street Dance é um conjunto de estilos de danças que possuem movimentos detalhados (acompanhados de expressão facial), com as seguintes características:

* Fortes

* Sincronizados e harmoniosos

* Rápidos

* Simétricos de pernas, braços, cabeça e ombros

* Assimétricos de pernas, braços, cabeça e ombros

* Coreografados

Mais do que um estilo de dança influenciado por vários ritmos, a dança de rua sempre foi associada à cultura e a identidade negra, sobretudo a partir da década de 70. Nesse período, o movimento que teve início com a dança se estendeu para outras manifestações culturais e artísticas, como a pintura, a poesia, o grafite e o visual (modo de se vestir, de andar, etc.). A esse novo estilo nascido nos guetos nova-iorquinos (Bronx, Brooklin e Harlem) deu-se o nome de Hip – Hop.

 

Música e Movimento

 

A música, literalmente, move as pessoas. Em todas as culturas, os primeiros acordes e batuques são suficientes para que as pessoas comecem a mexer o corpo, mesmo que discretamente. A relação entre som e movimento é tão forte que, em várias línguas do mundo, as palavras música e dança são intercambiáveis, e há casos em que são um mesmo vocábulo.

A dimensão corporal é parte integrante da experiência humana e da cultura. Portanto, mais do que um deslocamento do corpo no espaço, o movimento constitui-se como uma linguagem. Por meio do corpo e do movimento, a criança interage e se comunica. Conhece mais sobre si, sobre o outro e o mundo que a cerca. Expressa sentimentos, emoções e pensamentos, aprimorando gestos e posturas corporais. 


BLOCO: LUTAS 

CAPOEIRA

 

Poucos símbolos representam tanto o Brasil quanto a capoeira. Essa mistura de dança, luta, artes marciais e música carrega a cultura do nosso país para o mundo todo.

 

História da capoeira

Nem todo mundo sabe que a capoeira nasceu durante a época da escravidão no Brasil. Pesquisas indicam que entre 3 e 5 milhões de africanos foram trazidos para trabalhar à força, principalmente na agricultura, mineração ou com serviços domésticos. A capoeira era, nessa época, uma forma de luta e resistência dos escravos. Estes, proibidos de praticar qualquer tipo de luta pelos senhores de engenho, “disfarçavam” os movimentos de combate com música e dança, criando assim a capoeira.

 

Origem do termo

Por ser uma expressão cultural transmitida de forma oral por muitas gerações, não se sabe ao certo a origem do termo capoeira. Duas explicações são consideradas as mais prováveis.

A primeira remete ao idioma tupi. “Ka’a” significa mata e puêra significa o que foi. Os escravos que escapavam das propriedades rurais muitas vezes se escondiam em áreas de mata rasteira, de agricultura indígena.

A segunda explicação vem de um cesto chamado de capoeira no qual os escravos transportavam mercadorias para os centros comerciais da época. Alguns historiadores acreditam que, neste trajeto, os escravos praticavam a mistura de dança e luta, que terminou apelidada com o nome do cesto.

 

Proibição da capoeira

Em 11 de outubro de 1890, já após a Proclamação da República, decreta-se proibida a capoeira, sob pena de prisão de dois a seis meses para os praticantes, e o dobro para os líderes da atividade. Caso o capoeirista fosse estrangeiro, seria deportado depois de cumprida a pena. Os chamados “capoeiras” eram considerados marginais.

Apenas em 1935 a capoeira sai da ilegalidade, sendo considerada posteriormente parte da Educação Física e em seguida modalidade desportiva. Em 2014, a UNESCO reconheceu a capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

 

A importância da música

Qualquer pessoa que já tenha assistido a uma roda de capoeira sabe a importância e a força que a música possui. Normalmente, vem acompanhada de cantos (solos ou em coro), palmas e instrumentos. Os principais são o berimbau, pandeiros e atabaque. É este instrumento que comanda o ritmo e o tipo de capoeira que será jogado.

A música pode ser composta por pequenas estrofes e refrões rápidos, ou ter longas narrativas lentas, conhecidas como ladainha. A temática é muito variada, e pode contar histórias de capoeiristas famosos, hábitos de antigos escravos, cotidiano de pessoas humildes no Brasil.

 

Tipos de capoeira

Apesar de existirem muitos estilos de capoeira, são dois os mais conhecidos:

 

Capoeira Angola: estudos indicam que o nome vem do porto de Angola, principal ponto de embarque dos escravos africanos. Para os portugueses, todos os escravos trazidos da África eram chamados de angolanos. É um estilo mais lento, com movimentos praticados perto do solo, muito sutis. O mestre mais famoso da capoeira angola é Pastinha, que em 1941 fundou o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho, em Salvador.

 

Capoeira Regional: este estilo foi criado pelo Mestre Bimba, originalmente com o nome “luta regional baiana”. A capoeira regional tem fortes elementos de artes marciais nos seus movimentos. É um jogo mais rápido, cheio de fundamentos próprios e ordens de aprendizado, a famosa “sequência de ensino”.


BLOCO: PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA

PRATICAS CORPORAIS DE AVENTURA URBANAS 

Os esportes radicais urbanos são a prova de que não é somente em meio à natureza que se pode experimentar uma boa aventura. Há várias modalidades para quem gosta de adrenalina, mas não quer sair da cidade. Assim como qualquer outra modalidade esportiva, eles trazem uma série de benefícios para quem pratica. Por exemplo, previnem a obesidade, evitam o estresse, melhoram a flexibilidade e equilíbrio e causam bem-estar. E têm ainda uma vantagem: por testarem os limites do corpo e da gravidade, eles proporcionam um aumento na autoconfiança do praticante e, depois que o exercício acaba, deixam uma sensação incrível de relaxamento. Há quem não encontre prazer melhor do que correr em volta do parque, mas se você é daqueles que gostam de um pouco mais de emoção, deve experimentar os esportes radicais urbanos. Antes de seguir a leitura para saber mais sobre o assunto, tenha em mente que o perigo precisa ser mais psicológico do que real, para estimular a produção de adrenalina. Os atletas devem tomar todas as precauções necessárias e utilizar equipamentos de proteção para não se machucarem. Dito isso, hora de seguir em frente e conhecer as nossas dicas e sugestões. Acompanhe!

 

O que são esportes radicais urbanos?

 

Esportes radicais são as práticas que apresentam um risco maior do que nas modalidades esportivas tradicionais, seja pelas condições extremas em que são praticados ou por envolverem movimentos não naturais.

Por exemplo, ao jogar basquete, você corre, salta e arremessa em um terreno plano, movimentos completamente naturais, com os quais nosso organismo está plenamente acostumado.

Quando salta de paraquedas, por outro lado, a sensação que você sente é completamente diferente. Afinal, não fomos feitos para voar.

O corpo interpreta o evento como uma atividade de alto risco e, por isso, aumenta a produção de adrenalina.

Já os esportes radicais urbanos são uma subcategoria, que contempla as atividades desse tipo, mas que podem ser praticadas na cidade. Ou que surgiram justamente a partir da interação dos praticantes com o mobiliário urbano, como o parkour e skate.

Voltando ao exemplo do paraquedismo, sua prática não é recomendada no meio urbano porque é necessário de uma área de pouso grande e segura.

 

Qual a origem dos esportes radicais urbanos?

 

É difícil precisar a origem dos esportes radicais urbanos, pois cada um surgiu em uma época e contexto.

Existem diversas atividades radicais que surgiram despretensiosamente nas cidades, mas só ganharam o status de esporte radical urbano quando difundido para um número maior de pessoas e praticado com regularidade.

Várias modalidades, como o skate, começam como práticas informais e evoluíram até se tornarem esportes com campeonatos oficiais, profissionais remunerados e associações nacionais.

Aliás, já que mencionamos o skate, o surgimento desse esporte é um marco importante na história que estamos contando aqui.

Na Califórnia, alguns surfistas tiveram a ideia de transformar o surfe em um esporte urbano, instalando rodinhas nas pranchas e para adaptá-las ao asfalto.

Isso aconteceu na década de 1960, mas só nos anos 70 que o esporte viria a se popularizar, com pranchas e rodas leves, semelhantes às que são usadas hoje.

No embalo do skate, foi desenvolvida toda uma cultura urbana mais ampla, envolvendo esportes, roupas e comportamentos.

Como o século 20 ficou marcado pela migração das pessoas do campo para a cidade - tendência observada em todos os cantos do mundo -, o crescimento dos esportes radicais urbanos foi natural.


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