BLOCO: JOGOS
JOGOS
DE TABULEIRO E JOGOS ELETRÔNICOS
Jogos
de Tabuleiro
Sobre
a história dos jogos de tabuleiro, existem registros há cerca de 5000 anos em
civilizações como Egito e Mesopotâmia. Apesar de ser difícil datar qual foi ou
quais foram os primeiros jogos da humanidade, o jogo Mancala se apresenta como
um dos mais antigos, com mais de sete mil anos de existência. Foram muito
populares na Grécia e em Roma de onde se espalharam por toda Europa e depois
para a América. Somente a partir do século XIX se tornaram produtos de massa
devido ao surgimento da classe média, que tinha mais tempo para o lazer.
Segundo
Jogos Antigos, os jogos de tabuleiro são definidos como:
Parece-me que uma definição simplista
seria a de que „jogos de tabuleiro‟ são todos aqueles disputados, por uma ou
mais pessoas, em uma base, o tabuleiro, seja de madeira, metal, pedra, marfim,
plástico, papelão ou outro material, onde peças são movimentadas, colocadas ou
retiradas do tabuleiro, obedecendo a regras pré-estabelecidas.
Zatz,
Halaban e Zatz (2014) definem a origem:
-
xadrez: aparentemente surgiu na Índia. As primeiras referências datam do ano
600;
-
damas: surgiu na Europa medieval, sem que se possa precisar local e data.
Recebeu elementos do Alquerque e do Xadrez;
- ludo
(Pachisi): o jogo surgiu na Índia, possivelmente na mesma época do Xadrez. Era
chamado de Pachisi. Foi patenteado como Ludo por um inglês no final do século
passado, na forma como é conhecido hoje;
-
trilha: é um dos mais famosos dos jogos da família conhecida como Morris, da
qual faz parte também o Jogo da Velha. Tabuleiros do jogo foram encontrados no
Egito (datando de 1400 a.C.), Srilanka (10 d.C.) e no navio viking Gokstad (900
d.C.).
Praticando o Xadrez - Movimento das peças
A torre se movimenta para frente e para trás, para a direita e para a esquerda, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.
O bispo se movimenta na diagonal mantendo-se sempre nas casas de mesma cor que se encontrava no início do jogo, podendo ir para frente e para trás, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.
O cavalo tem um movimento especial que parece a letra L. O cavalo se movimenta 2 casas para frente ou para trás e em seguida 1 casa para a direita ou para a esquerda, ou 2 casas para a direita ou para a esquerda e em seguida 1 casa para frente ou para trás. O cavalo é a única peça do xadrez que pode pular outras peças.
A Rainha, também conhecida como Dama, é a peça mais poderosa do xadrez, ela pode ir para frente ou para trás, para direita ou para a esquerda, ou na diagonal, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.
O Rei movimenta-se apenas 1 casa em qualquer direção. O Rei nunca pode se movimentar para uma casa que esteja sob ataque ou capturar uma peça que esteja defendida por uma peça adversária.
O peão só se movimenta para frente, sendo a única peça que não se move para trás. No primeiro lance de cada peão ele pode avançar 1 ou 2 casas. A partir do segundo lance de cada peão ele irá movimentar-se apenas 1 casa.
Jogos Eletrônicos
Oba! Vamos jogar vídeo game! Mas espera aí! Será que jogar vídeo game é um conteúdo das aulas de educação física? Podemos utilizá-lo para aprender sobre nossa história? Se jogarmos vídeo game deixaremos de lado os jogos populares?
Vamos lá! Temos, antes de tudo, que estabelecer alguns critérios. dentre os quais selecionamos os seguintes: “relevância social” (verificar se esse conteúdo tem relação com a realidade social dos alunos); “contemporaneidade do conteúdo” (garantir aos alunos o que existe de mais avançado no mundo contemporâneo); “adequação às possibilidades socio cognoscitivas dos alunos” (adequar o jogo à capacidade cognitiva e à prática social do aluno); “provisoriedade do conteúdo” (romper com a ideia de terminalidade e retraçar o conteúdo desde sua gênese para que o aluno perceba-se enquanto sujeito histórico) (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 31- 33).
O vídeo game é um jogo adaptado para TV e PC (computador). Esse jogo tomou maiores proporções na década de 90, mas sua criação e história datam de algumas décadas anteriores. Em 1949, o engenheiro Ralph Baer foi incumbido de criar a melhor televisão do mundo, o que para a época era uma grande revolução tecnológica. Ele pensava em criar uma TV interativa, com jogos; mas a ideia não se proliferou. Alguns anos depois, mais precisamente em 1972, Baer, ao questionar se havia algo mais interessante do que ficar mudando de canal com o controle remoto, teve a ideia de desenvolver um jogo que seria conectado à TV. Ele apresentou sua ideia para um amigo que era engenheiro e, então, surgiu o primeiro jogo, que foi chamado Pong. “A Magnavox resolveu comprar o projeto de Baer, da Sanders Associates, e começou a desenvolver o console Odyssey, o primeiro vídeo game para ser conectado à TV. Em contrapartida, nessa época a Atari foi acusada por Baer de plagiar o Odyssey” (WIKIPÉDIA, citado por FEITOZA, 2007, p. 15).
BLOCO: ESPORTES
ESPORTES TÉCNICO-COMBINATÓRIOS
GINÁSTICA
A ginástica é uma
prática esportiva que se divide em dois tipos, as ginásticas competitivas e as
não competitivas.
As competitivas,
que entram em competições como as Olimpíadas, além de trabalhar com a estrutura
física, através de movimentos que exigem força, elasticidade e agilidade,
também exercitam a mente dos praticantes, pois a sua prática requer
concentração e raciocínio.
As não
competitivas têm como objetivo não as competições, mas a saúde, o bem-estar e
também a beleza do corpo.
História e origem da ginástica
A ginástica
remonta à Grécia Antiga, porque os gregos tinham o hábito de praticar vários exercícios,
como forma de cultuar o corpo e como preparação militar.
A palavra
ginástica tem origem grega, e o seu significado decorre da sua prática entre os
gregos. Assim, gymnádzein, “exercício com o corpo nu”, traduz a forma como os
gregos faziam exercícios, sem roupa. No entanto, a palavra gymnádzein é
traduzida como “treinar”.
A primeira escola de ginástica
Na Era Moderna, a
ginástica foi fortemente impulsionada pelos alemães. Em 1811, com o objetivo de
dar treinamento físico aos jovens, a primeira escola de ginástica ao ar livre
foi fundada pelo alemão Johann Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852).
Ginástica no Brasil
No Brasil, a
ginástica olímpica chegou em 1824, trazida pelos alemães que colonizaram o Rio
Grande Sul. No dia 16 de novembro de 1858 a Sociedade de Ginástica de Joinville
foi fundada.
A participação do
Brasil em campeonatos internacionais tem início em 1951, quando foi disputado o
I Jogos Desportivos Pan-Americanos, e em 1979 foi criada a Confederação
Brasileira de Ginástica.
Entre 1978 e 2008,
o Brasil conquistou 43 medalhas em Ginástica, sendo 38 em jogos Pan-Americanos
e 5 em campeonatos mundiais. Entre 2009 e 2019, esse número aumenta para 51
medalhas, sendo 4 conquistadas em Jogos Olímpicos, 40 em Jogos Pan-Americanos e
7 em Campeonatos mundiais.
Tipos de ginásticas
Dentre
as modalidades de ginástica não competitiva, podemos citar:
·
contorcionismo
·
cerebral
·
laboral
·
localizada
·
hidroginástica
·
Ginástica
para Todos.
Dentre
as modalidades de ginástica competitiva, podemos citar:
·
ginástica
artística
·
ginástica
acrobática
·
ginástica
de trampolim
·
ginástica
rítmica
·
ginástica
aeróbica
1. Ginástica artística
A ginástica
artística exige muita técnica. As provas masculinas e femininas são diferentes.
Os homens executam provas com os seguintes equipamentos: argolas, barras,
cavalo com alças, salto sobre a mesa e solo.
As provas das
mulheres, por sua vez, consistem em exercícios de paralelas assimétricas, salto
sobre a mesa, solo e trave de equilíbrio.
A ginástica
artística foi influenciada pelo trabalho de Johann Friedrich Ludwig Jahn,
fundador da primeira escola de ginástica. Montada em uma floresta, os seus
alunos utilizavam os aparelhos criados por ele, bem como os próprios recursos
oferecidos pela floresta.
Com o
desenvolvimento da ginástica, houve a necessidade de se criar mais aparelhos, e
consequentemente a sua prática foi se tornando uniformizada. Caracterizada pela
arte dos seus movimentos, a sua prática exigia uma performance artística de
alto nível, de onde surgiu a ginástica artística.
2. Ginástica acrobática
A ginástica
acrobática destaca-se pela beleza dos exercícios executados em solo,
acompanhados de música. Ela é dividida nas seguintes categorias: dupla mista,
dupla feminina, dupla masculina, grupo feminino (composto por 3 ginastas) e
grupo masculino (composto por 4 ginastas).
A história da
ginástica acrobática teve início há centenas de anos, quando nas danças sacras
e festividades praticadas no Egito, entre outros países, era possível observar
movimentos acrobáticos.
Na Europa, a
atividade ficava a cargo dos saltimbancos, e sua popularidade se deu graças ao
circo.
Curioso notar que,
na Idade Contemporânea, a prática de acrobacias foi usada no treinamento de
aviadores e paraquedistas.
O primeiro
campeonato mundial de ginástica acrobática foi realizado em 1974.
3. Ginástica de trampolim
A ginástica de
trampolim consiste em saltos acrobáticos em uma cama elástica. Essa modalidade
pode ser disputada nas seguintes provas: duplo mini-trampolim, trampolim
individual, trampolim sincronizado e tumbling.
É possível que a
ginástica de trampolim tenha surgido em espetáculos franceses, cujas
apresentações eram feitas a partir de um aparelho usado para dar saltos.
Esse aparelho deu
origem a um trampolim portátil, e entre a década de 40 e 50, o tricampeão de
exercícios acrobáticos no solo industrializou o trampolim e passou a divulgar a
nova modalidade.
O trampolim passou
a fazer parte do treinamento nas Forças Armadas dos Estados Unidos. Em 1953 foi
realizada a primeira competição internacional da modalidade, no entanto, a
ginástica de trampolim entrou nas olimpíadas somente em 2000.
4. Ginástica rítmica
Com princípios na
ginástica moderna, a base desta modalidade são os movimentos.
A ginástica
rítmica é praticada apenas por mulheres, que fazem dessa modalidade um
verdadeiro espetáculo de dança, uma vez que as ginastas se movimentam ao longo
de toda a apresentação.
Os aparelhos
utilizados na ginástica rítmica são: arco, bola, corda, fita e maças.
A ginástica
rítmica iniciou-se como ginástica competitiva em 1948 e teve vários nomes ao
longo dos anos. Foi somente em 1998 que a FIG - Federação Internacional de
Ginástica passou a chamá-la de Ginástica rítmica.
5. Ginástica aeróbica
A ginástica
aeróbica é uma modalidade em que os ginastas executam movimentos aeróbicos
muito difíceis, que consistem na interpretação da música que acompanha o
exercício, caracterizada pelo ritmo acelerado, tal como os utilizados nas
academias.
Iniciada nos
Estados Unidos da América (EUA), a modalidade surgiu em decorrência de estudos
que comprovaram que a aeróbica emagrecia e trazia benefícios cardiovasculares
através dos seus movimentos de dança, em sintonia com a música utilizada.
BLOCO: GINÁSTICAS
CAPACIDADES FÍSICAS
São definidas como
todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são
todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente
classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade,
Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).
Força: É a capacidade física que permite
deslocar um objeto, o corpo de um parceiro ou o próprio corpo através da
contração dos músculos.
Velocidade: É a capacidade
física que permite realizar movimentos no menor tempo possível ou reagir
rapidamente a um sinal.
Agilidade: É a qualidade
física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida
como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a flexibilidade é
importante.
Equilíbrio: É a qualidade
física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de
assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser
de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.
Coordenação Motora (destreza): É a capacidade
física que permite realizar uma sequência de exercícios de forma coordenada.
Flexibilidade: É a capacidade
física que permite executar movimentos com grande amplitude.
Resistência: É a capacidade
física que permite efetuar um esforço durante um tempo considerável, suportando
a fadiga dele resultante e recuperando com alguma rapidez.
Exercício Físico x Atividades Físicas
Mas, afinal, qual
é a diferença entre essas práticas?
✓ Os exercícios
físicos são movimentos do corpo realizados com intencionalidade,
programados e sistematizados, que sejam praticados com regularidade. Seus
objetivos podem ser a aquisição de condicionamento físico, de manutenção de
saúde ou prevenção de lesões. Podem ser considerados exercícios físicos a
prática de natação, musculação ou até mesmo uma caminhada intensa.
✓ As atividades
físicas são movimentos do corpo que vão além do repouso e não tem como
objetivo a melhora do condicionamento físico. A sua prática não é programada,
consideramos atividades físicas: ir à padaria, caminhar para escola, descer ou
subir escada, varrer o chão, lavar louça, etc.
BLOCO: GINÁSTICAS
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
Ginástica de condicionamento físico
É a ginástica
indicada para manutenção da boa forma e do bom desempenho das funções
orgânicas. Praticada em academias ou na forma de atividade física livre,
respeitando uma frequência, intensidade e duração adequadas. Englobam todas as
modalidades que têm por objetivo a aquisição ou a manutenção da aptidão física
do indivíduo normal e/ou atleta.
Ao longo da
história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade
sempre associada a um estilo de época, a caça dos homens das cavernas para a
sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo
perfeito ou de cunho militar como o exemplo na formação das legiões romanas com
suas longas marcha e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o
homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de
nossa evolução.
O incentivo a
prática de atividade física tem acontecido através de todos os meios de
comunicação, mas, ainda assim cada vez mais a população apresenta problemas
relacionados com a falta de exercícios, a desculpa mais frequente é a falta de
tempo ou falta de condições para prática que é agravada pela economia de
movimentos em nossa rotina, como a comodidades do controle remoto, telefone
celular, elevadores e escadas rolantes sem falar nas horas diárias dedicadas a
televisão ou ao computador e infelizmente parece ser um fenômeno de dimensões
mundial, pois uma das doenças associadas à falta de exercícios como a obesidade
tem ocorrido em quase todo planeta.
Contorcionismo
O contorcionismo
ou contorção é a forma de acrobacia que envolve flexões e torções no corpo
humano. A prática do contorcionismo é desenvolvida em espetáculos de circo, é a
arte de maravilhar as pessoas através do corpo. É amplamente conhecido e
admirado em todo mundo desde a antiguidade. A base desta arte está na
capacidade de dobrar articulações de modo incomum, ou seja, muito mais do que
uma pessoa pode dobrar. A contorção é uma arte circense que se destacam tanto
os homens quanto as mulheres, é uma arte que tem como objetivo mostrar a
flexibilidade do corpo humano.
Ginástica laboral
Com o objetivo de
prevenir lesões e outras doenças provocadas pela atividade ocupacional, os
exercícios (que duram em média entre 5 e 15 minutos) trazem muitos benefícios. São
exemplos à redução de fadiga e o aumento de produtividade. Muitas pessoas não
fazem exercícios alegando principalmente a falta de tempo. Levam, assim, uma
vida sedentária. É o caso de quem trabalha no computador, ou os trabalhadores
que executam movimentos repetitivos durante dias inteiros. Para eles, a
introdução de práticas de exercícios físicos ao longo da atividade laboral traz
uma série de benefícios.
Ginástica localizada
A ginástica
localizada são exercícios que utilizam de movimentos repetitivos e focados em
determinados grupos musculares, cada seção de repetição deve ser separada por
uma pausa para o descanso dos músculos. Além da definição dos músculos a
ginástica localizada proporciona um bom condicionamento físico, força,
flexibilidade e resistência e melhora o sistema respiratório e a coordenação
motora. Na ginástica localizada são usados vários equipamentos como os alteres
pesos de perna e bastões para aumentar o trabalho muscular realizado nas aulas,
os alteres, são usados normalmente para realizar os exercícios para os braços,
ombros, peito e costas os bastões e pesos são para trabalhar as pernas,
panturrilha e glúteos.
Hidroginástica
Uma modalidade
física onde a ausência da gravidade diminui o risco de contusão, proporcionando
bem-estar ao praticante que não sentirá o suor em seu corpo por conta da água o
hidratando constantemente. A Hidroginástica é a principal modalidade para
terceira idade e pessoas em recuperação motora. Este exercício nasceu após a
evolução da hidroterapia que começou na Europa durante o século XVIII. E foi na
Alemanha que a ginástica na água nasceu chegando ao Brasil por volta dos anos
1980. Inicialmente seu público-alvo era apenas idosos, cenário que mudou ao
longo dos anos, incluindo outros grupos de pessoas como adultos e gestantes com
objetivos distintos. Atualmente sua prática possui várias finalidades como
emagrecimento, principalmente para pessoas obesas, melhora da saúde, ganho de
massa muscular, interação com outras pessoas, preparação ao parto para as futuras
mães e a sensação de prazer durante e após a atividade.
BLOCO: CONHECIMENTOS SOBRE O CORPO
DESVIOS DE COLUNA
Lordose
É o aumento
anormal da curva lombar levando a uma acentuação da lordose lombar normal
(hiperlordose), como mostra a figura abaixo. Os músculos abdominais fracos e um
abdome protuberante são fatores de risco.
Caracteristicamente,
a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as
atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por
muito tempo (que tende a acentuar a lordose). A flexão do tronco usualmente
alivia a dor, de modo que a pessoa frequentemente prefere sentar ou deitar.
Cifose
É definida como um
aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, sendo as causas
mais importantes dessa deformidade, a má postura e o condicionamento físico
insuficiente. Doenças como espondilite anquilosante e a osteoporose senil
também ocasionam esse tipo de deformidade.
Escoliose
É a curvatura lateral da coluna vertebral, podendo ser estrutural ou não estrutural. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da idade que ela inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de crescimento na adolescência, período este onde a progressão do aumento da curvatura ocorre numa velocidade maior. O tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro.
Cuidados com o esqueleto e as articulações
Todos nós devemos
adotar certas medidas para evitar problemas nos ossos e nas articulações.
Veja
algumas delas:
· Mantenha sempre
uma postura correta – ao andar, sentar-se ou ficar de pé. Ao sentar, mantenha
toda a extensão das costas apoiada na cadeira ou no sofá.
· Evite carregar
muito peso ou transportar objetos pesados apenas de um lado do corpo. Isso vale
para quando estiver levando, por exemplo, uma mochila cheia de cadernos e
livros.
· Alimente-se
corretamente, procurando manter seu peso dentro dos limites adequados; o
excesso de peso pode acarretar vários problemas, como sobrecarga na coluna
vertebral.
· Cuidado com
pancadas, quedas ou movimentos bruscos: você pode fraturar os ossos ou sofrer
deslocamentos nas articulações.
· Pratique exercícios físicos regularmente, sempre com a orientação de especialistas.
BLOCO: DANÇAS
DANÇAS URBANAS
Danças urbanas no Brasil
No Brasil, devido
à sua cultura, os dançarinos incorporaram novos elementos de dança. Em janeiro
de 1991 foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no
Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino,
baseado em trabalho prático e de pesquisa, desde 1982. O curso virou projeto e
para alguns “religião”, sempre com o apoio da Secretaria de Cultura da
Prefeitura Municipal de Santos. Hoje sua repercussão mundial retrata o
reconhecimento do trabalho e não um simples modismo.
A História do Hip Hop
Os quatro
elementos culturais que compõem o movimento Hip-Hop são: rap (ritmo e poesia),
grafites (assinaturas), Dj’s e Mc’s, e Street Dance. Alguns autores dividem a
dança de rua em dois tipos: o Hip – Hop (movimento cultural, de rua) e a Street
Dance (dança oriunda de academias e escolas de dança).
A cultura Hip Hop
é formada pelos seguintes elementos: o rap, o graffiti e o break.
Rap: rhythm and poetry, ou seja, ritmo e
poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura.
Graffiti: que representa a arte plástica,
expressa por desenhos coloridos feitos por grafiteiros, nas ruas das cidades
espalhadas pelo mundo.
Break dance: que representa a dança.
Os três elementos
juntos compõem a cultura hip hop, que muitos dizem que é a "CNN da
periferia", ou seja, que o hip hop seria a única forma da periferia, dos
guetos expressarem suas dificuldades, suas necessidades de classes excluídas. O
termo hip hop, dizem, foi criado em meados de 1968 por Afrika Bambaataa. Ele
teria se inspirado em dois movimentos cíclicos, ou seja, um deles estava na
forma pela qual se transmitia a cultura dos guetos americanos, a outra estava
justamente na forma de dançar popular na época, que era saltar (hop)
movimentando os quadris (hip).
BLOCO: LUTAS
CAPOEIRA
MOVIMENTOS BÁSICOS
Armada: É o chute com o lado externo do
pé, em que o corpo dá um giro de 360 graus por trás.
Aú: É o movimento de deslocamento também
conhecido como "estrela". Serve como esquiva contra golpes de
rasteira.
Benção: É o chute frontal no qual se
atinge e empurra o adversário com a sola do pé.
Cabeçada: golpe aplicado
com a cabeça contra o adversário para desequilibrá-lo ou feri-lo.
Ginga: é o movimento básico da capoeira.
Consiste num movimento repetitivo de colocar a mão direita para frente e a
perna direita para trás, e em seguida fazer o mesmo com o lado esquerdo do
corpo, sincronizando o movimento com o ritmo do berimbau. A partir deste
movimento básico, se desferem todos os demais golpes da capoeira.
Maculelê: é o nome da luta
com bastões e facões que é praticada em conjunto com os movimentos e o ritmo da
capoeira. No choque entre os facões, é produzida uma fagulha de grande efeito
estético.
Meia-lua: é o chute com a
canela, em que o corpo dá um giro de 360 graus por trás.
Meia-lua de frente: igual à queixada,
só que com a parte interna do pé.
Negativa: é o movimento de
esquiva em que o praticante se abaixa até ficar rente ao solo, com uma perna
estendida e a outra flexionada para desviar do oponente.
Queixada: golpe circular
com a parte externa do pé.
Rabo de arraia: o lutador dá uma
cambalhota no ar e golpeia o adversário com os calcanhares.
Rasteira: golpe
desequilibrante aplicado com o pé varrendo a perna de apoio do adversário.
Tapona: tapa visando a machucar ou
distrair o adversário.
Tesoura: envolve-se o adversário com as
pernas e se movimenta-as em sentidos contrários, de modo a derrubar o
adversário.
Voo do morcego: o lutador salta e
golpea o adversário com os dois pés.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
O primeiro
registro de um instrumento musical relacionado com o jogo da capoeira aparece
no início do século XIX, em 1835. Nessa ocasião, o artista Johann Moritz
Rugendas apresenta na gravura de nome "Dança da Guerra", o jogo da
capoeira sendo brincado ao som de uma espécie de tambor. Esse registro é
importantíssimo e clássico na capoeira, pois comprova a utilização do tambor
durante uma vadiação ou seria treinamento para luta? - de capoeira do século
XIX.
Porém não significa que nesta época não existissem outros instrumentos musicais associados ao jogo. Aquela foi a forma retratada por Rugendas, não excluindo a possibilidade da presença de outros instrumentos. Essa pode ter sido a capoeira que Rugendas viu e viveu durante sua estadia no Brasil. Porém, o mais importante é o registro da capoeira como manifestação muito difundida no início do século XIX, e da importância dos instrumentos musicais no jogo.
Berimbau
O berimbau é que
cria o clima e dita o jogo que vai acontecer na roda. Existem três tipos de
berimbau:
Gunga: de som mais
grosso, faz o papel de contrabaixo: marca o ritmo e faz a marcação do toque,
tem uma cabaça maior e raramente executa uma virada durante a melodia.
Médio: ou de centro, ou
simplesmente "berimbau", dobra em cima do ritmo básico do Gunga: é
como se fosse o violão, ou guitarra de ritmo; Tem um som regulado entre o grave
do Gunga e o agudo do Violinha, tem uma afinação mediana que permite ao tocador
executar a melodia fazendo o solo da música.
Viola: ou violinha, é o
berimbau de som mais agudo; faz os "contra toques" e improvisos:
equivaleria ao violão ou guitarra-solo; Tem uma cabaça pequena e bem raspada
por dentro para ficar bem fina, tem um som agudo e faz apenas o papel de
executar as viradas e floreios dentro da melodia.
O berimbau é feito
com um arco de madeira (chamada biriba), e com um fio de arame preso nas duas
extremidades desse arco. Uma cabaça com uma abertura em um dos lados é presa à
parte inferior externa do arco, aproximadamente de 20 a 25 centímetros da ponta
do instrumento, com um pedaço de corda. Essa corda é também amarrada em torno
do fio de arame, e quando pressionada ela altera o som do mesmo. Os tons do
berimbau são modificados pela aproximação e afastamento da cabaça em relação ao
corpo do músico, assim abrindo ou fechando o buraco.
Os outros 3 componentes: o dobrão, que é segurado contra o arame, uma pequena vareta para tocar o fio (baqueta), e o caxixi.
Pandeiro
Instrumento de percussão, de origem indiana que requer considerável técnica para ser tocado. Pandeiros podem ter peles de couro ou de plástico. Eles existem em diferentes tamanhos, com os de 10 e 12 polegadas sendo os mais comuns. As peles de couro produzem uma qualidade de som melhor, mas apresentam problemas de afinação causados por alterações climáticas, logo as peles de plástico são mais encontradas. O pandeiro é segurado por uma das mãos, enquanto a ponta dos dedos, o polegar e a base da outra mão são usados para tocar a pele do lado de cima. Os tons abertos e fechados podem ser obtidos através do uso do polegar ou do dedo médio da mão que segura o instrumento. O polegar pode abafar a pele do lado de cima, o dedo médio pode abafar o lado de baixo.
Atabaque
Instrumento de origem árabe, que foi introduzido na África por mercadores que entravam no continente através dos países do norte, como o Egito. É geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado. É o atabaque que marca o ritmo das batidas do jogo.
Caxixi
O Caxixi é instrumento idiofone do tipo chocalho, de origem africana. É um pequeno cesto de palha trançada, em forma de campânula, pode ter vários tamanhos e ser simples, duplo ou triplo; a abertura é fechada por uma rodela de cabaça. Tem uma alça no vértice. Possui pedaços de acrílico, arroz ou sementes de Tinquim secas no interior para fazê-lo soar. É usado principalmente como complemento do berimbau. A mão direita que segura a vareta entre o polegar e o indicador, segura também o Caxixi, com o médio e o anular. Desta maneira, cada pancada da vareta sobre a corda é acompanhada pelo som seco e vegetal do Caxixi.
Agogô
Instrumento musical formado por dois cones metálicos unidos por um arco também de metal, o agogô é outro instrumento muito presente na cultura afro-brasileira. Sua entrada no Brasil aconteceu com a chegada dos negros africanos. Inclusive o vocábulo agogô é de origem nagô e significa sino. Assim como no caso do reco-reco, sua aparição inicial nas baterias de capoeira ocorreu, possivelmente, através dos mestres Pastinha e Canjiquinha.
Reco-reco
Instrumento
comumente feito de um gomo de bambu, ou até mesmo uma cabaça alongada, com
sulcos e tocado com uma vareta. Também aparece em construção de metal contendo
molas ao invés de sulcos. Acredita-se na sua origem africana, uma vez que
sempre esteve ligado às manifestações afro-brasileiras. O reco-reco historicamente
parece ter sido introduzido na capoeira através do Centro Esportivo de Capoeira
Angola de mestre Pastinha.
BLOCO: PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA URBANAS
Quais são os esportes radicais urbanos
mais famosos?
Skate
É um esporte que
foi criado por surfistas na Califórnia, nos anos 1960.
Em 2021, quando
serão disputados os jogos de Tóquio, o skate fará sua
estreia como modalidade olímpica.
Será o ápice do
reconhecimento a um esporte que, por muito tempo, foi considerado marginal,
ligado à contracultura.
O equipamento do
skate leva o nome do esporte, e é composto por:
Shape: a "prancha" do skatista.
Rodas: quatro delas, cada uma com um
rolamento, em dois eixos, um na frente e outro atrás.
Trucks: são os eixos, equipamentos de
ferro encaixados no shape.
Lixa: é a parte que vai em cima do shape e
serve para aumentar a aderência com o pé do praticante.
Uma das maneiras
de praticar o skate e interagindo com o mobiliário urbano, fazendo manobras em
escadas, canteiros, cordões e corrimões.
Mas há também o skate
freestyle
(manobras no chão, sem obstáculo), as pistas (em vários modelos), as piscinas
vazias e a modalidade downhill (descida no asfalto em alta velocidade).
Parkour
Apesar de ter
surgido na década de 1980, foi só nos anos 2000 que começou a se difundir
realmente pelo mundo. O nome é uma variação da palavra francesa parcours, que
significa percurso.
Um dos criadores
da prática, o francês David Belle, inspirou-se em
métodos de ginástica e educação física, além dos ensinamentos de seu pai e
mentor, Raymond Belle, que serviu as
forças armadas francesas e, depois, integrou o corpo de bombeiros de Paris.
A prática trata,
basicamente, de fazer um percurso, transpondo obstáculos como muros, paredes,
carros e vãos (entre dois prédios, por exemplo) com nenhum equipamento além do
próprio corpo.
Para isso, o
praticante salta e escala. Para quem vê pela primeira vez o que os desportistas
fazem, pode parecer perigoso, mas um dos ensinamentos mais importantes da
modalidade é que se deve conhecer os próprios limites, e só executar um salto
arriscado depois de ter treinado os movimentos à exaustão.
Apesar de haver
iniciativas que defendem a criação de competições, a ideia original é de um
parkour em que o indivíduo compete apenas consigo mesmo, sendo uma ferramenta
para potencializar a consciência corporal mais que qualquer outra coisa.
Drift Trike
É uma mistura dos
carrinhos de rolimã com bicicleta BMX, resultando em um triciclo (tricycle, que
vira trike).
Na frente, há uma
roda como a da bicicleta, garfo, guidão e, em alguns modelos, pedal e conjunto
de freios.
O assento fica no
nível do chão e as duas rodas traseiras são bem menores que a dianteira, feitas
com PVC ou polietileno.
Além de servirem
para descer as ladeiras como um carrinho de rolimã, o pouco atrito das rodas
traseiras com o asfalto (já que elas não têm pneu) permite fazer manobras de
derrapagem (drift).
Slackline
É uma atividade de
puro equilíbrio, na qual o praticante deve percorrer uma fita elástica
estreita, presa entre dois pontos fixos.
Depois de
conseguir o básico, que é caminhar sobre a fita - feita geralmente de nylon ou
poliéster - o próximo passo é tentar executar movimentos, como giros, saltos,
ajoelhar-se ou balançar a fita.
A modalidade
surgiu na década de 1980, entre aventureiros que escalavam rochas e montanhas
do parque de Yosemite, nos Estados Unidos.
Eles tiveram a
ideia de fixar cordas de seus equipamentos de escalada entre pontos fixos para
melhorar seu equilíbrio.
Hoje, é muito
comum ver pessoas praticando o esporte nas cidades.
A fita elástica
pode ser fixada em dois postes, por exemplo, mas é bem mais agradável quando a
prática é feita em um parque, entre árvores, com grama como piso.
Buildering (ou escalada urbana)
É um esporte que
também é conhecido como escalada urbana.
É simplesmente a
atividade de escalar prédios ou quaisquer outras estruturas construídas pelos
humanos, como se estivesse escalando uma montanha rochosa.
O fundador da
prática é o americano Harry H. Gardiner. No início do
século 20, ele escalou mais de 700 construções pela Europa e América do Norte,
usando roupas normais e nenhum equipamento de segurança.
Sem proteção, porém,
é um esporte extremamente perigoso.
Quem gosta de
praticá-lo na modalidade free climbing, ou seja, sem cordas de proteção,
geralmente o faz à noite e clandestinamente.
Como praticar esportes radicais urbanos?
O primeiro passo
para praticar um esporte radical urbano é se preparar. Em vários deles, ter um
bom preparo físico, estrutura muscular robusta, peso adequado e equilíbrio são
pré-requisitos.
Então, dependendo
do esporte que você tem interesse, prepare-se adequadamente antes, atingindo um
peso e percentual de gordura adequados para iniciar. Isso se consegue com boa
alimentação, esportes aeróbicos e musculação.
A partir daí, tome
todas as medidas de segurança para não se machucar, vestindo os equipamentos de
proteção e escolhendo um local adequado para praticar.
Por exemplo, se
sua cidade não tiver uma ladeira propícia para o downhill, na qual não haja
circulação de carros, é melhor não praticar esse esporte no ambiente urbano.
Nos casos em que
não é possível usar equipamentos de segurança, como o parkour, a estratégia
para se preservar é outra.
A dica é praticar
o movimento em um ambiente seguro e só depois que ele estiver totalmente
dominado e se sentir completamente confiante, experimentá-lo em um local mais
alto.
Por exemplo, em vez de arriscar um salto difícil entre dois prédios, pratique o movimento entre canteiros. Assim, se não conseguir executar, não correrá um risco tão grande.
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