7º ANO - Conteúdo Programático

 

BLOCO: JOGOS

 

JOGOS DE TABULEIRO E JOGOS ELETRÔNICOS

 

Jogos de Tabuleiro

 

Sobre a história dos jogos de tabuleiro, existem registros há cerca de 5000 anos em civilizações como Egito e Mesopotâmia. Apesar de ser difícil datar qual foi ou quais foram os primeiros jogos da humanidade, o jogo Mancala se apresenta como um dos mais antigos, com mais de sete mil anos de existência. Foram muito populares na Grécia e em Roma de onde se espalharam por toda Europa e depois para a América. Somente a partir do século XIX se tornaram produtos de massa devido ao surgimento da classe média, que tinha mais tempo para o lazer.

Segundo Jogos Antigos, os jogos de tabuleiro são definidos como:

 

Parece-me que uma definição simplista seria a de que „jogos de tabuleiro‟ são todos aqueles disputados, por uma ou mais pessoas, em uma base, o tabuleiro, seja de madeira, metal, pedra, marfim, plástico, papelão ou outro material, onde peças são movimentadas, colocadas ou retiradas do tabuleiro, obedecendo a regras pré-estabelecidas.

 

Zatz, Halaban e Zatz (2014) definem a origem:

- xadrez: aparentemente surgiu na Índia. As primeiras referências datam do ano 600;

- damas: surgiu na Europa medieval, sem que se possa precisar local e data. Recebeu elementos do Alquerque e do Xadrez;

- ludo (Pachisi): o jogo surgiu na Índia, possivelmente na mesma época do Xadrez. Era chamado de Pachisi. Foi patenteado como Ludo por um inglês no final do século passado, na forma como é conhecido hoje;

- trilha: é um dos mais famosos dos jogos da família conhecida como Morris, da qual faz parte também o Jogo da Velha. Tabuleiros do jogo foram encontrados no Egito (datando de 1400 a.C.), Srilanka (10 d.C.) e no navio viking Gokstad (900

d.C.).


Praticando o Xadrez - Movimento das peças

A torre se movimenta para frente e para trás, para a direita e para a esquerda, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.

O bispo se movimenta na diagonal mantendo-se sempre nas casas de mesma cor que se encontrava no início do jogo, podendo ir para frente e para trás, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.

O cavalo tem um movimento especial que parece a letra L. O cavalo se movimenta 2 casas para frente ou para trás e em seguida 1 casa para a direita ou para a esquerda, ou 2 casas para a direita ou para a esquerda e em seguida 1 casa para frente ou para trás. O cavalo é a única peça do xadrez que pode pular outras peças.

A Rainha, também conhecida como Dama, é a peça mais poderosa do xadrez, ela pode ir para frente ou para trás, para direita ou para a esquerda, ou na diagonal, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.

O Rei movimenta-se apenas 1 casa em qualquer direção. O Rei nunca pode se movimentar para uma casa que esteja sob ataque ou capturar uma peça que esteja defendida por uma peça adversária. 

O peão só se movimenta para frente, sendo a única peça que não se move para trás. No primeiro lance de cada peão ele pode avançar 1 ou 2 casas. A partir do segundo lance de cada peão ele irá movimentar-se apenas 1 casa. 

Jogos Eletrônicos 

Oba! Vamos jogar vídeo game! Mas espera aí! Será que jogar vídeo game é um conteúdo das aulas de educação física? Podemos utilizá-lo para aprender sobre nossa história? Se jogarmos vídeo game deixaremos de lado os jogos populares?

Vamos lá! Temos, antes de tudo, que estabelecer alguns critérios. dentre os quais selecionamos os seguintes: “relevância social” (verificar se esse conteúdo tem relação com a realidade social dos alunos); “contemporaneidade do conteúdo” (garantir aos alunos o que existe de mais avançado no mundo contemporâneo); “adequação às possibilidades socio cognoscitivas dos alunos” (adequar o jogo à capacidade cognitiva e à prática social do aluno); “provisoriedade do conteúdo” (romper com a ideia de terminalidade e retraçar o conteúdo desde sua gênese para que o aluno perceba-se enquanto sujeito histórico) (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 31- 33).

O vídeo game é um jogo adaptado para TV e PC (computador). Esse jogo tomou maiores proporções na década de 90, mas sua criação e história datam de algumas décadas anteriores. Em 1949, o engenheiro Ralph Baer foi incumbido de criar a melhor televisão do mundo, o que para a época era uma grande revolução tecnológica. Ele pensava em criar uma TV interativa, com jogos; mas a ideia não se proliferou. Alguns anos depois, mais precisamente em 1972, Baer, ao questionar se havia algo mais interessante do que ficar mudando de canal com o controle remoto, teve a ideia de desenvolver um jogo que seria conectado à TV. Ele apresentou sua ideia para um amigo que era engenheiro e, então, surgiu o primeiro jogo, que foi chamado Pong. “A Magnavox resolveu comprar o projeto de Baer, da Sanders Associates, e começou a desenvolver o console Odyssey, o primeiro vídeo game para ser conectado à TV. Em contrapartida, nessa época a Atari foi acusada por Baer de plagiar o Odyssey” (WIKIPÉDIA, citado por FEITOZA, 2007, p. 15).


BLOCO: ESPORTES

ESPORTES TÉCNICO-COMBINATÓRIOS

GINÁSTICA

 

A ginástica é uma prática esportiva que se divide em dois tipos, as ginásticas competitivas e as não competitivas.

As competitivas, que entram em competições como as Olimpíadas, além de trabalhar com a estrutura física, através de movimentos que exigem força, elasticidade e agilidade, também exercitam a mente dos praticantes, pois a sua prática requer concentração e raciocínio.

As não competitivas têm como objetivo não as competições, mas a saúde, o bem-estar e também a beleza do corpo.

 

História e origem da ginástica

 

A ginástica remonta à Grécia Antiga, porque os gregos tinham o hábito de praticar vários exercícios, como forma de cultuar o corpo e como preparação militar.

A palavra ginástica tem origem grega, e o seu significado decorre da sua prática entre os gregos. Assim, gymnádzein, “exercício com o corpo nu”, traduz a forma como os gregos faziam exercícios, sem roupa. No entanto, a palavra gymnádzein é traduzida como “treinar”.

 

A primeira escola de ginástica

 

Na Era Moderna, a ginástica foi fortemente impulsionada pelos alemães. Em 1811, com o objetivo de dar treinamento físico aos jovens, a primeira escola de ginástica ao ar livre foi fundada pelo alemão Johann Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852).

 

Ginástica no Brasil

 

No Brasil, a ginástica olímpica chegou em 1824, trazida pelos alemães que colonizaram o Rio Grande Sul. No dia 16 de novembro de 1858 a Sociedade de Ginástica de Joinville foi fundada.

A participação do Brasil em campeonatos internacionais tem início em 1951, quando foi disputado o I Jogos Desportivos Pan-Americanos, e em 1979 foi criada a Confederação Brasileira de Ginástica.

Entre 1978 e 2008, o Brasil conquistou 43 medalhas em Ginástica, sendo 38 em jogos Pan-Americanos e 5 em campeonatos mundiais. Entre 2009 e 2019, esse número aumenta para 51 medalhas, sendo 4 conquistadas em Jogos Olímpicos, 40 em Jogos Pan-Americanos e 7 em Campeonatos mundiais.

 

Tipos de ginásticas 

Dentre as modalidades de ginástica não competitiva, podemos citar:

·         contorcionismo

·         cerebral

·         laboral

·         localizada

·         hidroginástica

·         Ginástica para Todos.

Dentre as modalidades de ginástica competitiva, podemos citar:

·         ginástica artística

·         ginástica acrobática

·         ginástica de trampolim

·         ginástica rítmica

·         ginástica aeróbica

1. Ginástica artística 

A ginástica artística exige muita técnica. As provas masculinas e femininas são diferentes. Os homens executam provas com os seguintes equipamentos: argolas, barras, cavalo com alças, salto sobre a mesa e solo.

As provas das mulheres, por sua vez, consistem em exercícios de paralelas assimétricas, salto sobre a mesa, solo e trave de equilíbrio.

A ginástica artística foi influenciada pelo trabalho de Johann Friedrich Ludwig Jahn, fundador da primeira escola de ginástica. Montada em uma floresta, os seus alunos utilizavam os aparelhos criados por ele, bem como os próprios recursos oferecidos pela floresta.

Com o desenvolvimento da ginástica, houve a necessidade de se criar mais aparelhos, e consequentemente a sua prática foi se tornando uniformizada. Caracterizada pela arte dos seus movimentos, a sua prática exigia uma performance artística de alto nível, de onde surgiu a ginástica artística.

 

2. Ginástica acrobática

 

A ginástica acrobática destaca-se pela beleza dos exercícios executados em solo, acompanhados de música. Ela é dividida nas seguintes categorias: dupla mista, dupla feminina, dupla masculina, grupo feminino (composto por 3 ginastas) e grupo masculino (composto por 4 ginastas).

A história da ginástica acrobática teve início há centenas de anos, quando nas danças sacras e festividades praticadas no Egito, entre outros países, era possível observar movimentos acrobáticos.

Na Europa, a atividade ficava a cargo dos saltimbancos, e sua popularidade se deu graças ao circo.

Curioso notar que, na Idade Contemporânea, a prática de acrobacias foi usada no treinamento de aviadores e paraquedistas.

O primeiro campeonato mundial de ginástica acrobática foi realizado em 1974.

 

3. Ginástica de trampolim

 

A ginástica de trampolim consiste em saltos acrobáticos em uma cama elástica. Essa modalidade pode ser disputada nas seguintes provas: duplo mini-trampolim, trampolim individual, trampolim sincronizado e tumbling.

É possível que a ginástica de trampolim tenha surgido em espetáculos franceses, cujas apresentações eram feitas a partir de um aparelho usado para dar saltos.

Esse aparelho deu origem a um trampolim portátil, e entre a década de 40 e 50, o tricampeão de exercícios acrobáticos no solo industrializou o trampolim e passou a divulgar a nova modalidade.

O trampolim passou a fazer parte do treinamento nas Forças Armadas dos Estados Unidos. Em 1953 foi realizada a primeira competição internacional da modalidade, no entanto, a ginástica de trampolim entrou nas olimpíadas somente em 2000.

 

4. Ginástica rítmica

 

Com princípios na ginástica moderna, a base desta modalidade são os movimentos.

A ginástica rítmica é praticada apenas por mulheres, que fazem dessa modalidade um verdadeiro espetáculo de dança, uma vez que as ginastas se movimentam ao longo de toda a apresentação.

Os aparelhos utilizados na ginástica rítmica são: arco, bola, corda, fita e maças.

A ginástica rítmica iniciou-se como ginástica competitiva em 1948 e teve vários nomes ao longo dos anos. Foi somente em 1998 que a FIG - Federação Internacional de Ginástica passou a chamá-la de Ginástica rítmica.

 

5. Ginástica aeróbica

 

A ginástica aeróbica é uma modalidade em que os ginastas executam movimentos aeróbicos muito difíceis, que consistem na interpretação da música que acompanha o exercício, caracterizada pelo ritmo acelerado, tal como os utilizados nas academias.

Iniciada nos Estados Unidos da América (EUA), a modalidade surgiu em decorrência de estudos que comprovaram que a aeróbica emagrecia e trazia benefícios cardiovasculares através dos seus movimentos de dança, em sintonia com a música utilizada.

 

BLOCO: GINÁSTICAS

CAPACIDADES FÍSICAS 

São definidas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).

 

Força: É a capacidade física que permite deslocar um objeto, o corpo de um parceiro ou o próprio corpo através da contração dos músculos.

 

Velocidade: É a capacidade física que permite realizar movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.

 

Agilidade: É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a flexibilidade é importante.

 

Equilíbrio: É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.

 

Coordenação Motora (destreza): É a capacidade física que permite realizar uma sequência de exercícios de forma coordenada.

 

Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos com grande amplitude.

 

Resistência: É a capacidade física que permite efetuar um esforço durante um tempo considerável, suportando a fadiga dele resultante e recuperando com alguma rapidez.

 

Exercício Físico x Atividades Físicas

 

Mas, afinal, qual é a diferença entre essas práticas?

 

Os exercícios físicos são movimentos do corpo realizados com intencionalidade, programados e sistematizados, que sejam praticados com regularidade. Seus objetivos podem ser a aquisição de condicionamento físico, de manutenção de saúde ou prevenção de lesões. Podem ser considerados exercícios físicos a prática de natação, musculação ou até mesmo uma caminhada intensa.

 

As atividades físicas são movimentos do corpo que vão além do repouso e não tem como objetivo a melhora do condicionamento físico. A sua prática não é programada, consideramos atividades físicas: ir à padaria, caminhar para escola, descer ou subir escada, varrer o chão, lavar louça, etc.

 

BLOCO: GINÁSTICAS

GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO 

Ginástica de condicionamento físico

 

É a ginástica indicada para manutenção da boa forma e do bom desempenho das funções orgânicas. Praticada em academias ou na forma de atividade física livre, respeitando uma frequência, intensidade e duração adequadas. Englobam todas as modalidades que têm por objetivo a aquisição ou a manutenção da aptidão física do indivíduo normal e/ou atleta.

Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade sempre associada a um estilo de época, a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar como o exemplo na formação das legiões romanas com suas longas marcha e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.

O incentivo a prática de atividade física tem acontecido através de todos os meios de comunicação, mas, ainda assim cada vez mais a população apresenta problemas relacionados com a falta de exercícios, a desculpa mais frequente é a falta de tempo ou falta de condições para prática que é agravada pela economia de movimentos em nossa rotina, como a comodidades do controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas rolantes sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador e infelizmente parece ser um fenômeno de dimensões mundial, pois uma das doenças associadas à falta de exercícios como a obesidade tem ocorrido em quase todo planeta.

 

Contorcionismo

 

O contorcionismo ou contorção é a forma de acrobacia que envolve flexões e torções no corpo humano. A prática do contorcionismo é desenvolvida em espetáculos de circo, é a arte de maravilhar as pessoas através do corpo. É amplamente conhecido e admirado em todo mundo desde a antiguidade. A base desta arte está na capacidade de dobrar articulações de modo incomum, ou seja, muito mais do que uma pessoa pode dobrar. A contorção é uma arte circense que se destacam tanto os homens quanto as mulheres, é uma arte que tem como objetivo mostrar a flexibilidade do corpo humano.

 

Ginástica laboral

 

Com o objetivo de prevenir lesões e outras doenças provocadas pela atividade ocupacional, os exercícios (que duram em média entre 5 e 15 minutos) trazem muitos benefícios. São exemplos à redução de fadiga e o aumento de produtividade. Muitas pessoas não fazem exercícios alegando principalmente a falta de tempo. Levam, assim, uma vida sedentária. É o caso de quem trabalha no computador, ou os trabalhadores que executam movimentos repetitivos durante dias inteiros. Para eles, a introdução de práticas de exercícios físicos ao longo da atividade laboral traz uma série de benefícios.

 

Ginástica localizada

 

A ginástica localizada são exercícios que utilizam de movimentos repetitivos e focados em determinados grupos musculares, cada seção de repetição deve ser separada por uma pausa para o descanso dos músculos. Além da definição dos músculos a ginástica localizada proporciona um bom condicionamento físico, força, flexibilidade e resistência e melhora o sistema respiratório e a coordenação motora. Na ginástica localizada são usados vários equipamentos como os alteres pesos de perna e bastões para aumentar o trabalho muscular realizado nas aulas, os alteres, são usados normalmente para realizar os exercícios para os braços, ombros, peito e costas os bastões e pesos são para trabalhar as pernas, panturrilha e glúteos.

 

Hidroginástica

 

Uma modalidade física onde a ausência da gravidade diminui o risco de contusão, proporcionando bem-estar ao praticante que não sentirá o suor em seu corpo por conta da água o hidratando constantemente. A Hidroginástica é a principal modalidade para terceira idade e pessoas em recuperação motora. Este exercício nasceu após a evolução da hidroterapia que começou na Europa durante o século XVIII. E foi na Alemanha que a ginástica na água nasceu chegando ao Brasil por volta dos anos 1980. Inicialmente seu público-alvo era apenas idosos, cenário que mudou ao longo dos anos, incluindo outros grupos de pessoas como adultos e gestantes com objetivos distintos. Atualmente sua prática possui várias finalidades como emagrecimento, principalmente para pessoas obesas, melhora da saúde, ganho de massa muscular, interação com outras pessoas, preparação ao parto para as futuras mães e a sensação de prazer durante e após a atividade.


BLOCO: CONHECIMENTOS SOBRE O CORPO

DESVIOS DE COLUNA 

Lordose

 

É o aumento anormal da curva lombar levando a uma acentuação da lordose lombar normal (hiperlordose), como mostra a figura abaixo. Os músculos abdominais fracos e um abdome protuberante são fatores de risco.

Caracteristicamente, a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo (que tende a acentuar a lordose). A flexão do tronco usualmente alivia a dor, de modo que a pessoa frequentemente prefere sentar ou deitar.

 

Cifose

 

É definida como um aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, sendo as causas mais importantes dessa deformidade, a má postura e o condicionamento físico insuficiente. Doenças como espondilite anquilosante e a osteoporose senil também ocasionam esse tipo de deformidade.

 

Escoliose

 

É a curvatura lateral da coluna vertebral, podendo ser estrutural ou não estrutural. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da idade que ela inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de crescimento na adolescência, período este onde a progressão do aumento da curvatura ocorre numa velocidade maior. O tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro.

 

Cuidados com o esqueleto e as articulações

 

Todos nós devemos adotar certas medidas para evitar problemas nos ossos e nas articulações.

Veja algumas delas:

·      Mantenha sempre uma postura correta – ao andar, sentar-se ou ficar de pé. Ao sentar, mantenha toda a extensão das costas apoiada na cadeira ou no sofá.

·      Evite carregar muito peso ou transportar objetos pesados apenas de um lado do corpo. Isso vale para quando estiver levando, por exemplo, uma mochila cheia de cadernos e livros.

·      Alimente-se corretamente, procurando manter seu peso dentro dos limites adequados; o excesso de peso pode acarretar vários problemas, como sobrecarga na coluna vertebral.

·      Cuidado com pancadas, quedas ou movimentos bruscos: você pode fraturar os ossos ou sofrer deslocamentos nas articulações.

·      Pratique exercícios físicos regularmente, sempre com a orientação de especialistas.

 

BLOCO: DANÇAS

DANÇAS URBANAS

Danças urbanas no Brasil

 

No Brasil, devido à sua cultura, os dançarinos incorporaram novos elementos de dança. Em janeiro de 1991 foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino, baseado em trabalho prático e de pesquisa, desde 1982. O curso virou projeto e para alguns “religião”, sempre com o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Santos. Hoje sua repercussão mundial retrata o reconhecimento do trabalho e não um simples modismo.

 

A História do Hip Hop

 

Os quatro elementos culturais que compõem o movimento Hip-Hop são: rap (ritmo e poesia), grafites (assinaturas), Dj’s e Mc’s, e Street Dance. Alguns autores dividem a dança de rua em dois tipos: o Hip – Hop (movimento cultural, de rua) e a Street Dance (dança oriunda de academias e escolas de dança).

A cultura Hip Hop é formada pelos seguintes elementos: o rap, o graffiti e o break.

Rap: rhythm and poetry, ou seja, ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura.

Graffiti: que representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por grafiteiros, nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo.

Break dance: que representa a dança.

Os três elementos juntos compõem a cultura hip hop, que muitos dizem que é a "CNN da periferia", ou seja, que o hip hop seria a única forma da periferia, dos guetos expressarem suas dificuldades, suas necessidades de classes excluídas. O termo hip hop, dizem, foi criado em meados de 1968 por Afrika Bambaataa. Ele teria se inspirado em dois movimentos cíclicos, ou seja, um deles estava na forma pela qual se transmitia a cultura dos guetos americanos, a outra estava justamente na forma de dançar popular na época, que era saltar (hop) movimentando os quadris (hip).


BLOCO: LUTAS

CAPOEIRA 

MOVIMENTOS BÁSICOS

 

Armada: É o chute com o lado externo do pé, em que o corpo dá um giro de 360 graus por trás.

 

Aú: É o movimento de deslocamento também conhecido como "estrela". Serve como esquiva contra golpes de rasteira.

 

Benção: É o chute frontal no qual se atinge e empurra o adversário com a sola do pé.

 

Cabeçada: golpe aplicado com a cabeça contra o adversário para desequilibrá-lo ou feri-lo.

 

Ginga: é o movimento básico da capoeira. Consiste num movimento repetitivo de colocar a mão direita para frente e a perna direita para trás, e em seguida fazer o mesmo com o lado esquerdo do corpo, sincronizando o movimento com o ritmo do berimbau. A partir deste movimento básico, se desferem todos os demais golpes da capoeira.

 

Maculelê: é o nome da luta com bastões e facões que é praticada em conjunto com os movimentos e o ritmo da capoeira. No choque entre os facões, é produzida uma fagulha de grande efeito estético.

 

Meia-lua: é o chute com a canela, em que o corpo dá um giro de 360 graus por trás.

 

Meia-lua de frente: igual à queixada, só que com a parte interna do pé.

 

Negativa: é o movimento de esquiva em que o praticante se abaixa até ficar rente ao solo, com uma perna estendida e a outra flexionada para desviar do oponente.

 

Queixada: golpe circular com a parte externa do pé.

 

Rabo de arraia: o lutador dá uma cambalhota no ar e golpeia o adversário com os calcanhares.

Rasteira: golpe desequilibrante aplicado com o pé varrendo a perna de apoio do adversário.

Tapona: tapa visando a machucar ou distrair o adversário.

Tesoura: envolve-se o adversário com as pernas e se movimenta-as em sentidos contrários, de modo a derrubar o adversário.

Voo do morcego: o lutador salta e golpea o adversário com os dois pés.

 

INSTRUMENTOS MUSICAIS

 

O primeiro registro de um instrumento musical relacionado com o jogo da capoeira aparece no início do século XIX, em 1835. Nessa ocasião, o artista Johann Moritz Rugendas apresenta na gravura de nome "Dança da Guerra", o jogo da capoeira sendo brincado ao som de uma espécie de tambor. Esse registro é importantíssimo e clássico na capoeira, pois comprova a utilização do tambor durante uma vadiação ou seria treinamento para luta? - de capoeira do século XIX.

Porém não significa que nesta época não existissem outros instrumentos musicais associados ao jogo. Aquela foi a forma retratada por Rugendas, não excluindo a possibilidade da presença de outros instrumentos. Essa pode ter sido a capoeira que Rugendas viu e viveu durante sua estadia no Brasil. Porém, o mais importante é o registro da capoeira como manifestação muito difundida no início do século XIX, e da importância dos instrumentos musicais no jogo.


Berimbau

O berimbau é que cria o clima e dita o jogo que vai acontecer na roda. Existem três tipos de berimbau:

Gunga: de som mais grosso, faz o papel de contrabaixo: marca o ritmo e faz a marcação do toque, tem uma cabaça maior e raramente executa uma virada durante a melodia.

Médio: ou de centro, ou simplesmente "berimbau", dobra em cima do ritmo básico do Gunga: é como se fosse o violão, ou guitarra de ritmo; Tem um som regulado entre o grave do Gunga e o agudo do Violinha, tem uma afinação mediana que permite ao tocador executar a melodia fazendo o solo da música.

Viola: ou violinha, é o berimbau de som mais agudo; faz os "contra toques" e improvisos: equivaleria ao violão ou guitarra-solo; Tem uma cabaça pequena e bem raspada por dentro para ficar bem fina, tem um som agudo e faz apenas o papel de executar as viradas e floreios dentro da melodia.

O berimbau é feito com um arco de madeira (chamada biriba), e com um fio de arame preso nas duas extremidades desse arco. Uma cabaça com uma abertura em um dos lados é presa à parte inferior externa do arco, aproximadamente de 20 a 25 centímetros da ponta do instrumento, com um pedaço de corda. Essa corda é também amarrada em torno do fio de arame, e quando pressionada ela altera o som do mesmo. Os tons do berimbau são modificados pela aproximação e afastamento da cabaça em relação ao corpo do músico, assim abrindo ou fechando o buraco.

Os outros 3 componentes: o dobrão, que é segurado contra o arame, uma pequena vareta para tocar o fio (baqueta), e o caxixi.


Pandeiro

Instrumento de percussão, de origem indiana que requer considerável técnica para ser tocado. Pandeiros podem ter peles de couro ou de plástico. Eles existem em diferentes tamanhos, com os de 10 e 12 polegadas sendo os mais comuns. As peles de couro produzem uma qualidade de som melhor, mas apresentam problemas de afinação causados por alterações climáticas, logo as peles de plástico são mais encontradas. O pandeiro é segurado por uma das mãos, enquanto a ponta dos dedos, o polegar e a base da outra mão são usados para tocar a pele do lado de cima. Os tons abertos e fechados podem ser obtidos através do uso do polegar ou do dedo médio da mão que segura o instrumento. O polegar pode abafar a pele do lado de cima, o dedo médio pode abafar o lado de baixo.


Atabaque

Instrumento de origem árabe, que foi introduzido na África por mercadores que entravam no continente através dos países do norte, como o Egito. É geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado. É o atabaque que marca o ritmo das batidas do jogo.


Caxixi

O Caxixi é instrumento idiofone do tipo chocalho, de origem africana. É um pequeno cesto de palha trançada, em forma de campânula, pode ter vários tamanhos e ser simples, duplo ou triplo; a abertura é fechada por uma rodela de cabaça. Tem uma alça no vértice. Possui pedaços de acrílico, arroz ou sementes de Tinquim secas no interior para fazê-lo soar. É usado principalmente como complemento do berimbau. A mão direita que segura a vareta entre o polegar e o indicador, segura também o Caxixi, com o médio e o anular. Desta maneira, cada pancada da vareta sobre a corda é acompanhada pelo som seco e vegetal do Caxixi.


Agogô

Instrumento musical formado por dois cones metálicos unidos por um arco também de metal, o agogô é outro instrumento muito presente na cultura afro-brasileira. Sua entrada no Brasil aconteceu com a chegada dos negros africanos. Inclusive o vocábulo agogô é de origem nagô e significa sino. Assim como no caso do reco-reco, sua aparição inicial nas baterias de capoeira ocorreu, possivelmente, através dos mestres Pastinha e Canjiquinha.


Reco-reco

Instrumento comumente feito de um gomo de bambu, ou até mesmo uma cabaça alongada, com sulcos e tocado com uma vareta. Também aparece em construção de metal contendo molas ao invés de sulcos. Acredita-se na sua origem africana, uma vez que sempre esteve ligado às manifestações afro-brasileiras. O reco-reco historicamente parece ter sido introduzido na capoeira através do Centro Esportivo de Capoeira Angola de mestre Pastinha.


BLOCO: PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA URBANAS 

Quais são os esportes radicais urbanos mais famosos?

 

Skate

 

É um esporte que foi criado por surfistas na Califórnia, nos anos 1960.

Em 2021, quando serão disputados os jogos de Tóquio, o skate fará sua estreia como modalidade olímpica.

Será o ápice do reconhecimento a um esporte que, por muito tempo, foi considerado marginal, ligado à contracultura.

O equipamento do skate leva o nome do esporte, e é composto por:

Shape: a "prancha" do skatista.

Rodas: quatro delas, cada uma com um rolamento, em dois eixos, um na frente e outro atrás.

Trucks: são os eixos, equipamentos de ferro encaixados no shape.

Lixa: é a parte que vai em cima do shape e serve para aumentar a aderência com o pé do praticante.

Uma das maneiras de praticar o skate e interagindo com o mobiliário urbano, fazendo manobras em escadas, canteiros, cordões e corrimões.

Mas há também o skate freestyle (manobras no chão, sem obstáculo), as pistas (em vários modelos), as piscinas vazias e a modalidade downhill (descida no asfalto em alta velocidade).

 

Parkour

 

Apesar de ter surgido na década de 1980, foi só nos anos 2000 que começou a se difundir realmente pelo mundo. O nome é uma variação da palavra francesa parcours, que significa percurso.

Um dos criadores da prática, o francês David Belle, inspirou-se em métodos de ginástica e educação física, além dos ensinamentos de seu pai e mentor, Raymond Belle, que serviu as forças armadas francesas e, depois, integrou o corpo de bombeiros de Paris.

A prática trata, basicamente, de fazer um percurso, transpondo obstáculos como muros, paredes, carros e vãos (entre dois prédios, por exemplo) com nenhum equipamento além do próprio corpo.

Para isso, o praticante salta e escala. Para quem vê pela primeira vez o que os desportistas fazem, pode parecer perigoso, mas um dos ensinamentos mais importantes da modalidade é que se deve conhecer os próprios limites, e só executar um salto arriscado depois de ter treinado os movimentos à exaustão.

Apesar de haver iniciativas que defendem a criação de competições, a ideia original é de um parkour em que o indivíduo compete apenas consigo mesmo, sendo uma ferramenta para potencializar a consciência corporal mais que qualquer outra coisa.

 

Drift Trike

 

É uma mistura dos carrinhos de rolimã com bicicleta BMX, resultando em um triciclo (tricycle, que vira trike).

Na frente, há uma roda como a da bicicleta, garfo, guidão e, em alguns modelos, pedal e conjunto de freios.

O assento fica no nível do chão e as duas rodas traseiras são bem menores que a dianteira, feitas com PVC ou polietileno.

Além de servirem para descer as ladeiras como um carrinho de rolimã, o pouco atrito das rodas traseiras com o asfalto (já que elas não têm pneu) permite fazer manobras de derrapagem (drift).

 

Slackline

 

É uma atividade de puro equilíbrio, na qual o praticante deve percorrer uma fita elástica estreita, presa entre dois pontos fixos.

Depois de conseguir o básico, que é caminhar sobre a fita - feita geralmente de nylon ou poliéster - o próximo passo é tentar executar movimentos, como giros, saltos, ajoelhar-se ou balançar a fita.

A modalidade surgiu na década de 1980, entre aventureiros que escalavam rochas e montanhas do parque de Yosemite, nos Estados Unidos.

Eles tiveram a ideia de fixar cordas de seus equipamentos de escalada entre pontos fixos para melhorar seu equilíbrio.

Hoje, é muito comum ver pessoas praticando o esporte nas cidades.

A fita elástica pode ser fixada em dois postes, por exemplo, mas é bem mais agradável quando a prática é feita em um parque, entre árvores, com grama como piso.

 

Buildering (ou escalada urbana)

 

É um esporte que também é conhecido como escalada urbana.

É simplesmente a atividade de escalar prédios ou quaisquer outras estruturas construídas pelos humanos, como se estivesse escalando uma montanha rochosa.

O fundador da prática é o americano Harry H. Gardiner. No início do século 20, ele escalou mais de 700 construções pela Europa e América do Norte, usando roupas normais e nenhum equipamento de segurança.

Sem proteção, porém, é um esporte extremamente perigoso.

Quem gosta de praticá-lo na modalidade free climbing, ou seja, sem cordas de proteção, geralmente o faz à noite e clandestinamente.

 

Como praticar esportes radicais urbanos?

 

O primeiro passo para praticar um esporte radical urbano é se preparar. Em vários deles, ter um bom preparo físico, estrutura muscular robusta, peso adequado e equilíbrio são pré-requisitos.

Então, dependendo do esporte que você tem interesse, prepare-se adequadamente antes, atingindo um peso e percentual de gordura adequados para iniciar. Isso se consegue com boa alimentação, esportes aeróbicos e musculação.

A partir daí, tome todas as medidas de segurança para não se machucar, vestindo os equipamentos de proteção e escolhendo um local adequado para praticar.

Por exemplo, se sua cidade não tiver uma ladeira propícia para o downhill, na qual não haja circulação de carros, é melhor não praticar esse esporte no ambiente urbano.

Nos casos em que não é possível usar equipamentos de segurança, como o parkour, a estratégia para se preservar é outra.

A dica é praticar o movimento em um ambiente seguro e só depois que ele estiver totalmente dominado e se sentir completamente confiante, experimentá-lo em um local mais alto.

Por exemplo, em vez de arriscar um salto difícil entre dois prédios, pratique o movimento entre canteiros. Assim, se não conseguir executar, não correrá um risco tão grande.

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